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sábado, 22 de novembro de 2014

Nuttea

Explorando a diversidade da cena reggae, nessa semana trazemos um artista de Paris, que
mistura o hip-hop ao reggae, ele é Nuttea.
 Conhecido como Daddy Nuttea ou simplesmente Nuttea, cujo nome verdadeiro é Olivier Lara. Nascido em 1 de Janeiro de 1968, cresceu em Guadaluope, criado por seus avós, chegando a Paris aos seis anos. Desenraizado, ele conheceu os seus pais e irmã que ele nunca tinha visto. Já adolescente em busca de identidade, ele vive em uma cidade do décimo terceiro “distrito” de Paris, onde ele é confrontado com o crime e as drogas, que mais tarde irá inspirá-lo ao título “Encore Une Tombe à Fleurir”.
Na década de 80, Nuttea descobre o SKA e o rocksteady em determinados selos jamaicanos, Studio One e Trojan. Ele estava particularmente interessado em reggae e dancehall, onde se tornou um verdadeiro crente. Naturalmente ele evolui através dos “Sound Systems” (sistemas de som). O primeiro que ele participa ao lado de Tonton David, Don Lickshot e Polino, intitulado “High Fight” em 1989, desenvolvendo um novo estilo, fiel às raízes do reggae. Depois disso ele formou o seu próprio sistema de som, com Standtall Polino.
Em 1992, ele se destaca em suas duas primeiras aparições discográficas, “Rapattitude 2” e “Ragga Dub Force”. No ano seguinte ele lança o seu primeiro álbum solo “Paris Kingston Paris” (Delabel). Onde realizou o seu sonho, gravando na Jamaica, e com os famosos produtores dancehall locais, Steely & Cleavie. As letras são metade em Inglês e metade em francês, mas infelizmente, o álbum passa quase despercebido. Nuttea não desiste, ele co escreveu com o grupo francês IAM, de Marselha, o título de “La 25e image” (A 25ª imagem) que aparece no disco que acompanha o lançamento do filme de Mathieu Kassovitz “la Haine” (Ódio).
Em 1996, o seu segundo álbum intitulado “Retour Aux Sources”, reflete as preocupações dos nossos direitos. O single “I´ Agitateur” (O Agitador) evoca o caráter rebelde do artista. Ele amadureceu e o seu estilo ainda mais. Com canções melodiosas, textos cantados ou torrados (fluxo de voz se aproximando do rap) e até mesmo acapela. Neste álbum produzido por Frenchie (Reggaesonic), figura “Alerte” (Alerta), um dueto com o artista Akhenaton (cantor francês de rap), uma ponte entre o reggae e o rap. Outro som desse álbum é “Natural Mystic” de Bob Marley, cantada com o jamaicano Richie Stevens.
Nuttea excursionou no ano seguinte. Nesse mesmo ano gravou com IAM “Un Cri Court La Nuit”, que foi lançado em um álbum. Essa parceria entre Paris e Marselha foi um sucesso que rendeu a assinatura da trilha sonora do filme “Taxi 2” em 2000. É provavelmente o primeiro passo para o público geral, uma vez que o filme foi um sucesso. O grupo formado por Nuttea, Dope Rhyme Sayer, Jalano, Tairo, Disis La Peste, Vasquez Lusi e o grupo IAM (Shurik’N, AKH e Freeman) era conhecido como “One Shot” (Um Tiro).

Em agosto de 2000, o “novo” Nuttea estava nas lojas com o seu álbum “Le Signe dos Tempos” (O Sinal dos Tempos), gravado em Paris e Filadélfia, sendo bem sucedido. O primeiro single “Elle Te Rend Dingue (Poom Poom Short)”, o ragga é um sucesso instantâneo que o colocou no topo das paradas. Neste álbum, Nuttea mostra a sua extensa gama musical. Com a “Sonate Pour Un Sound Boy”, que é acompanhada pela Orquestra Filarmônica de Paris, enquanto em “The Key” ele canta com nada menos do que o jamaicano Luciano. O sucesso com o público em geral finalmente está aqui: 500 mil cópias vendidas do single “Elle Te Rend Dingue” e mais 150 mil do álbum.
Mas esse número quase triplicou em poucos meses, chegando em 400 mil copias vendias em outubro de 2002. Dado este êxito, sua gravadora lançou um mini CD dos cinco títulos mais importantes de sua carreira: “Unité”, “Elle Te Rend Dingue”, “Trop Peu De Temps”, “Le Show”, “Couvre-là” com UB40. Em vendas acumuladas, esses títulos já venderam mais de 2 milhões de cópias desde o lançamento.
Em junho de 2004, com o produtor do Fugees, Handel Tucker, vem um novo álbum, “Urban Voodoo”. Uma verdadeira fórmula musical que lhe permitiu ser conhecido ao público em geral, entre reggae e rap.
O impacto limitado do álbum levou Nuttea a dar uma pausa em sua carreira por alguns anos. Ele retoma sua carreira de onde começou: os sistemas de som, o ambiente onde sua reputação está intacta e é uma experiência sempre apreciada, o que permite que ele seja regularmente tocado em toda a França.
A partir de 2009, ele reaparece em várias compilações especiais, como: “Angel Riddim” e “Heat Riddim”. Apresentou-se também como atração principal do “Reggae Donn Sa Festival” nas Maurícias em novembro de 2010. No ano seguinte, se apresentou no palco do Zenith, em Paris, durante o show do grupo francês Danakil, que o convidou na ocasião.
 No início de 2013, depois de nove anos sem lançar um álbum, Nuttea lança “Mister Reggae Music”, projeto que ele mesmo produziu e gravou nos Estados Unidos, onde ele alterna cantando e mandando suas rimas como um DJ reggae. Uma canção que ele havia tomado emprestada de Bob Marley, “Natural Mystic”, em uma versão francesa na época de “Retour Aux Sources”, se aplica nesse momento a canção “Silhouette” do grande Dennis Brown.
 A tradição de convites recíprocos com IAM continua, através da presença de Akhenaton e Shurin’N, enquanto Balik, cantor do grupo Danakil foi convidado para um duo que soa como a passagem de um bastão, “Gardien Du Temple”.
Poucos meses depois, Nuttea foi para a Polinésia Francesa, pra uma série de concertos e partiu no final do ano para uma turnê hexagonal com uma dúzia de datas, organizada por Dragon Davy, juntamente com Brahim e Sir Samuel.
Aos 46 anos, o veterano Nuttea está em plena forma, pronto para provar a indústria fonográfica que ainda tem seu público e experiência. Ele é responsável por toda sua composição e produção de sua obra, o que por si só já prova tudo isso. Nuttea está está de volta nas baladas reggae.

Fonte:
http://www.rfimusique.com/artiste/reggae/nuttea/biographie

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